Paulo Donato
Desde pequeno era notório meu interesse por música. Vivia batucando em tudo acompanhando as músicas que meu pai ouvia de artistas ainda presentes no dia a dia, Titãs, Barão Vermelho, Raul Seixas, Cássia Eller entre outros grandes nomes da MPB e Rock Internacional.
Aos nove anos fiz minha primeira aula de bateria que não rendeu muito, pois o professor na verdade dava aulas de violão. Lá aprendi as levadas mais simples e o nome das peças da bateria e ficou só nisso. Foi quando voltei a minha cidade natal, o Rio de Janeiro. Aqui conheci muitas coisas novas e foi nessa época que eu me liguei que viveria de música. Meu tio Marcelo que também é baterista me apresentou coisas que ouço até hoje, como The Police, Rush, Led Zeppelin, Beatles, Paralamas do Sucesso entre várias outras. Busquei por mais coisas e fui aumentando meu conhecimento musical.
Minha primeira banda foi já aqui no Rio, a The Lions. O guitarrista Michel Lima era vizinho do meu primo Hugo Leonardo. Michel me indicou para a The Lions. Recebi um telefonema de Matheus De Luca me convidando pra conhecer a banda e levarmos um som. Fui, gostei do pessoal, o repertório era basicamente Beatles, entrei pra banda fechando a formação. Matheus De Luca, Gustavo Abdalla, Michel Lima e eu.
Era engraçado que no começo não tínhamos bateria, então eu tocava com uma panderola como Hi Hat, um pandeiro como caixa, e um tantã como bumbo, e tocava com a baqueta mesmo, com a mão direita fazendo a caixa e bumbo, e a esquerda fazendo o Hi Hat. Éramos garotos e mesmo nesse improviso todo foi divertido. Chegamos até a fazer uma apresentação em uma festa de amigos da família do Matheus, mas já com a bateria, é claro.
Durei pouco na The Lions, na época gostava muito de jogar futebol e minhas peladas no Aterro do Flamengo aos sábados eram obrigatórias. Aos domingos, tinha compromissos com minha mãe e as agendas não batiam, acabei saindo da banda. Logo que saí da The Lions entrei em um novo grupo de Punk Rock com o Hugo Leonardo e o pai dele. Nada sério, íamos ao estúdio pra tocar apenas por diversão. Gravamos até uma demo que nem tenho ideia de onde esteja, mas também não durou muito. Fiquei um tempo sem tocar. Foi nesse período que conheci o Heavy Metal e posteriormente montei uma banda de Metal que não se adequava a nenhuma vertente específica do gênero. Assim nasceu a Landmine com um amigo baixista e meu primo. A banda terminou pela falta de sorte com vocalistas...
Estava sem projeto de novo. Foi quando um ex-companheiro da Landmine Matheus Schmidt me ligou pedindo pra fazer um show com a banda dele, a X da Questão. A baterista saiu da gig 4 dias antes do primeiro show. Eu estava sem banda, o cara é meu camarada, fui fazer a missão. Ensaiamos duas vezes e fizemos o show. Recebi o convite para entrar no conjunto e aceitei. Logo mudamos o nome para Abdus Zidos que ainda existe em outra formação.
Depois de alguns anos sem contato com Matheus De Luca e Gustavo Abdalla, o ciclo se repetiu com um telefonema da galera que me convidou para uma jam e dessa vez o destino desse encontro seria outro. O pessoal da Marraio estava lá, gostaram do som e me convidaram pra integrar a banda em janeiro de 2010. Com 3 dias de banda já viajei pra fazer um show em Araruama e foi bem bacana. Desde então estou aí na ativa trabalhando com a Marraio. \,,/